Entranhas
As palavras são uma inesgotável fonte de magia, possuem um poder incomensurável, podendo ser direcionadas para o bem ou para o mal, determinando o rumo do homem em busca de significado.
Mas, como bem disse Simone de Beauvoir: “não se pode escrever nada com indiferença”, o que escrevemos nada mais é do que o retrato de nosso âmago, o espelho de nossa alma.
Escrever é a arte de tirar os sentimentos de dentro do peito e fazê-los aflorar. É rasgar nossa entranha e fazer com que a chama que nos habita possa irradiar-se na direção do outro. É acender a luz que há em nós. Como disse Buda, “muito antes da vela se acender, a luz da vela já brilhava”.
Esse livro é isso: minhas entranhas rasgadas ao longo do tempo.